sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

AIDS NÃO TEM CARA

-Depoimento: Escutei pela primeira vez a palavra “Aids” na sala da minha casa. Uma prima adolescente passava férias em Santos com uma amiga. Elas se arrumavam para uma balada quando minha mãe, psicóloga, as chamou para uma conversa. Tinha nas mãos uma banana e uma camisinha. Perguntadeira que só, fui me aproximando e quis entender por que ela vestia a fruta com aquela roupa de plástico e falava sobre umas tais DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). Achei a aula improvisada tão genial que alguns meses depois resolvi falar sobre o assunto em um trabalho da disciplina de Ciências. Detalhe: eu estava na quinta série, não tinha mais que onze anos de idade, e a escola era de freiras.
Minha mãe me ajudou a montar as cartolinas e descolou caixas de camisinha. A ideia era impressionar, distribuindo-as para a classe. Lembro até hoje da cara de espanto da professora e dos risinhos maliciosos dos meus amigos. Na saída para o recreio, dezenas de bexigas de camisinha sobrevoavam o pátio católico. Fui parar na diretoria e escapei de uma suspensão assim: “Tia, eu não tenho vergonha do que fiz. Minha mãe vê gente morrer todos os dias por causa dessa doença, sabia?” Eu cresci e minha mãe continuou no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), dando diagnóstico e apoio a quem se descobriu HIV positivo.
Há 19 anos ela faz isso, o que me enche de orgulho e de curiosidade pelas histórias cotidianas. Não foram raras as vezes em que a vi chegar arrasada do trabalho. Um dia chegou com alguns docinhos em casa. “Fizemos uma festa no ambulatório. O bebê da G* não é soropositivo!” Esse episódio completou dez anos. Hoje, no Dia da Luta Mundial contra a Aids, liguei para essa paciente que minha mãe acompanhou tão de perto. Dona de casa, ela está com 40 anos e mora na Baixada Santista. Prefiro deixar que ela mesma conte sua história:
“Tinha 30 anos e trabalhava em uma creche quando descobri que estava grávida do meu quarto filho. Havia pouco tempo que tinha feito as pazes com o meu marido: ficamos casados por sete anos, nos separamos por seis meses e voltamos. Fomos ao posto de saúde para fazer o pré-natal. Então me pediram para refazer um exame de sangue por conta de uma “alteração”. Não sabia que era o teste de HIV, mas achei estranho.
Pegamos o resultado e meu marido leu o diagnóstico: POSITIVO. Entramos em desespero porque já tínhamos uma ideia do que aquilo significava. Perdi o chão, era como se a minha vida acabasse ali. Eu me sentia um lixo, tinha nojo de mim. Fomos encaminhados ao CTA para que ele fizesse o teste também. Deu negativo. Só aí descobri que tinha pegado o vírus do homem com quem me relacionei no período em que estávamos separados. O filho era do meu marido, mas o vírus era de outra pessoa.
Sua mãe me ouviu e me aconselhou com dignidade e respeito. Sem esse acolhimento, garanto que não estaria aqui para dar esse depoimento. Eu só pensava que o nosso bebê poderia ser infectado por um erro que cometi. Ele chorou muito, mas ficou do meu lado. Tive tanto medo que me rejeitasse! Precisei tomar vários remédios, passei mal durante toda a gestação, tive parto normal mas não pude amamentar. O leite poderia infectá-lo, isso se ele tivesse conseguido se safar do vírus. Os testes de HIV dele deram positivo por um ano, pois eu tinha transmitido anticorpos. Até que veio o aguardado resultado negativo de L* e foi uma festa!
Hoje ele tem dez anos, mas nem desconfia do risco que correu. Aliás, meu marido é a única pessoa que sabe que tenho Aids. Hoje, tenho uma vida relativamente normal. No início, cheguei a ficar quatro meses sem sexo porque temia infectá-lo. Os grilos passaram com o tempo: usamos todos os tipos e sabores de camisinhas. Este ano deixei de tomar o coquetel por conta própria. Estava cansada. Perdi 50 quilos em nove meses e agora estou me recuperando. O que eu diria para alguém que faz sexo sem camisinha? Nenhum momento de prazer vale mais que a vida. As consequências são duras demais e não há como voltar atrás”.
Entre 1980 e junho de 2011, 608.230 pessoas foram infectadas com o vírus da Aids no Brasil. Em São Paulo, só no ano de 2010, a doença matou 9 pessoas por dia. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhores serão o tratamento e a qualidade de vida. Os testes são gratuitos e sigilosos nos CTAs de todo o país
 Carnaval 2012 - Na empolgação pode rolar de tudo. Só não rola sem camisinha. Tenha sempre a sua.

AIDS NÃO TEM CARA                                  Desde a sua identificação em 1984, o vírus causador da AIDS “Síndrome de Imunodeficiência Adquirida” vem sendo estudado e combatido com firmeza pela ciência. Na atualidade o portador do vírus HIV “Vírus da Imunodeficiência Humana”, encontra na terapia anti-retroviral um aliado, colocando o soropositivo “pessoa que vive com o vírus HIV” na situação de portador de uma enfermidade crônica tratável.

Infelizmente, parte da população desinformada, acredita que a Aids mata mais do que qualquer outra doença, e de maneira vergonhosa, pois o soropositivo segundo eles seria uma "espécie", e tentam identificá-los por atributos corporais como: magreza tosse constante, pele amarelada, olhar fundo e melancólico, manchas na pele (Sarcoma de Kaposi), gânglios e caroços. Neste caso os atributos do indivíduo ficam submetidos à doença, de forma que tudo aquilo que ele possa ter e/ou representar para a sociedade é visto sob um olhar refratário, que impõe entre a sociedade e o soropositivo uma barreira, um sinal de diferenciação. Este olhar refratário, alem de preconceituoso constitui uma dificuldade extra para a prevenção do HIV, pois para as pessoas desinformadas o aspecto físico seria um referencial seguro para a utilização ou não do preservativo em um encontro sexual. Corpos “sarados”, “rostos bonitos” não são barreiras para o HIV ou outras DST’S, ame com camisinha e coloque a prevenção em primeiro lugar.                                                                        PERGUNTAS E RESPOSTAS
NÃO CUSTA REPETIR:
O que é a Aids?

• A Aids acontece quando uma pessoa é infectada pelo HIV e apresenta doenças oportunistas. Este vírus ataca as células do sistema de defesa, justamente as que protegem o corpo contra outras infecções.

• A pessoa fica mais vulnerável ao ataque de outras doenças, como, por exemplo, pneumonia, tuberculose e meningite. São as chamadas infecções oportunistas.

• O HIV vive no sangue e nas secreções da pessoa infectada. Por isso, a Aids só pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha, pelo sangue contaminado, e da mãe para o filho durante a gravidez ou no parto.

• Você tem que saber que a Aids não ataca apenas homossexuais, usuários de drogas injetáveis e pessoas que receberam transfusão de sangue, como se acreditava até alguns anos atras.

• Quem tem Doença Sexualmente Transmissível DST (gonorréia, sífilis, cancro, crista-de-galo e herpes) está mais sujeito a pegar Aids. Estas doenças provocam feridas nos órgãos genitais que são uma porta aberta para a entrada do HIV.

• O que deixa você mais exposto ao vírus da Aids é o comportamento de risco.

Transar com pessoas que têm Aids pega?

Não, desde que essa transa seja uma transa segura, ou seja, uma transa com camisinha, pois a camisinha bem colocada e lubrificada é eficaz na prevenção da Aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis.

Como fazer sexo seguro?

A prática do sexo seguro consiste em fazer sexo com responsabilidade, fazer sexo com camisinha, protegendo você e seu parceiro. Fazer sexo seguro/responsável quer dizer não ter filhos antes da hora. Isso é que é fazer sexo seguro.

Se o vírus é encontrado no sangue, como é que ele é transmitido pelo esperma e pelo líquido da mulher?

Não é o sangue, propriamente dito, que transmite o HIV, são os linfócitos (glóbulos brancos), que existem em grande quantidade no sangue, e que também são encontrados no esperma e no líquido da mulher.

O sexo oral tem mais perigo que o sexo anal? Por quê?

Houve uma pequena troca de lugares, o sexo oral não é mais perigoso que o anal. Muito polo contrário: o sexo anal é a prática sexual mais arriscada para a contaminação pelo HIV, porque a região é bastante vascularizada (região com presença de muitos vasos sanguíneos) e uma região de grande poder de absorção (retenção de liquidas). No local, sempre que há penetração, muitos vasos sanguíneos se rompem, e o pênis também fica com pequenas feridas (não vistas a olho nu), podendo ocorrer a contaminação. No sexo oral, também pode ocorrer a contaminação.

Porque o sexo anal sangra?

Nem todas as vezes que a pessoa pratica sexo anal vai sangrar. Quando Isso acontece é porque foi feito de uma forma violenta e sem lubrificação. Isso é bastante perigoso, pois, caso a pessoa seja portadora do vírus HIV, fatalmente ela o transmitirá para outra pessoa.

Como se pega Aids por sexo oral? Por que quando se beija não pega? Qual é a diferença?

Já descrevemos anteriormente, como se pega Aids por sexo oral e não se pega Aids pelo beijo. Caso a pessoa seja portadora do vírus HIV, na saliva há uma quantidade muito pequena de vírus que não dá para contaminar ninguém.

Na relação entre dois homens se pega Aids?

Não é a relação entre dois homens que faz a contaminação. Para haver essa contaminação é necessário que o HIV esteja presente, ou seja, um dos dois tem que ter o vírus, mas, caso algum dos dois tenha o vírus, eles podem se relacionar sexualmente, desde que façam uso da camisinha (sexo seguro).

Há o risco da camisinha falhar?

Sim, há o risco da camisinha falhar (estourar), desde que ela não seja colocada corretamente e lubrificada. Toda camisinha deve ser lubrificada com produtos à base de água e nunca, em hipótese alguma, com derivados de óleo.

Como age o "coquetel" que auxilia no combate à proliferação do vírus da Aids?

O tão famoso "coquetel" é chamado assim por ser a combinação (terapia combinada) de três drogas específicas ao combate do HIV, e cada droga age de maneira diferenciada dentro do corpo humano.

Depois de muitos anos de namoro com relação sexual há perigo de pegar Aids?

Sim, pois caso um dos parceiros "pule a cerca" e se contamine, há a de transmissão ao seu parceiro de tantos anos. Nesse caso, o recomendável é um pacto de fidelidade e, caso não seja possível, que se faça uso da camisinha na "pulada de cerca".

Pode-se pegar doenças (DST) na primeira transa, usando camisinha?

Não, desde que a camisinha não se rompa, estando bem colocada e bem lubrificada.

A Aids mata rápido?

A Aids não é mais aquela doença que causava tanto pânico nas pessoas, mas, infelizmente, a Aids é uma doença que ainda não tem cura. Entretanto, com os estudos dos cientistas, os portadores do vírus HIV ganharam mais tempo, ou seja, é uma doença que já tem vários medicamentos que auxiliam no tratamento, dando mais tempo de vida para os portadores.

Camisinha é o melhor remédio?

Essa é uma grande verdade > Até o momento a camisinha é o principal meio de evitar o contágio pela "relação sexual". E ao contrário do que afirmam os meios machistas, não tira o prazer de uma transa. Se o carinha fica com fricote é porque é muito burro e desenformado ou não sabe usar a camisinha e tem vergonha de admitir. Que tal, meninas, ajudá-los? E não se esqueçam: "As doenças estão ái à solta e todo cuidado é pouco?"

Pode se pegar Aids na manicure?

Verdade > Objectos cortantes ou que perfurem a pele como, alicates de unha, pinças e tesouras (assim como agulhas de acupuntura ou o material de dentista), devem ser muito bem esterilizados antes da utilização em cada pessoa.

Ele, forte, saudável, está na cara que não tem Aids?

Mentira > O período de incubação do HIV é mais de cinco anos e, nessa fase, a pessoa não desenvolve a doença. Mas nem por isso deixa de ser portadora - e transmissora(!) - da Aids. Aparência não dá certificado de garantia. Previna-se!

Se o carinha tiver uma carteirinha de doador de sangue, posso transar som camisinha?

Mentira > A doação pode ter sido recente, num hospital confiável, com agulhas descartáveis e tudo. Porém, pode estar ocorrendo o que os médicos chamam de "Janela Sorológica". É o período em que a pessoa está com o vírus, mas não aparece no exame. Isso acontece porque o nosso organismo leva até seis meses para fabricar os anticorpos em quantidades suficientes para ser detectados.

Aids se pega com aperto de mão, abraço e beijo no rosto?

Mentira > Aids não se pega no contato com a pele. Pois o vírus da Aids só está

presente no fluído do corpo. Quanto ao suor, o vírus está presente em quantidades muito pequenas.

Camisinha é tudo igual? Qualquer uma serve?

Mentira > Para se comprar camisinha deve-se tomar multo cuidado. Olhar o prazo de validade. Também precisa ficar ligado e ver se ela foi testada pelo Imetro (que testa os produtos que vão entrar no mercado), se a camisinha for de qualidade o carimbo estará lá, com certeza! Ah! E não esqueça de guardá-la em lugar seco e arejado, pois o látex é frágil. Prefira as lubrificadas.

Uma camisinha que rasga é mais perigosa na hora transa que uma camisinha que fura?

Mentira > Nesse caso não "tem meio-termo" ou meio-perigo. Se ela tem um pequeno furo ou rasgão, de qualquer maneira vai permitir que o sêmen passe para a vagina. Conseqüência: ou a menina fica grávida, se ela estiver no período fértil, ou pode pegar doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids. Lembre-se que o vírus é tão microscópico que pode atravessar o mero furículo.   ENTÃO TÁ COMBINADO NADA DE SEXO SEM CAMISINHA , E BOM CARNAVAL PRA TODOS !!BEIJO NA BOCA!!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Aspectos do Sofrimento

Era um dia quente de verão naquela cidade do interior do sul do Brasil. Mas apesar do calor a vida deveria seguir seu curso, normalmente.O jovem trabalhador acordou cedo, como de costume, e enfrentou a alta temperatura com bom ânimo e coragem.

Trabalhou o dia todo, atendeu pessoas, suou muito, e, ao final da tarde estava exausto.
Gostaria de ir para casa, tomar um banho, descansar, mas ainda teria que enfrentar uma sala de aula, sem ar condicionado. "Sou um infeliz!", pensou consigo mesmo. Mas o que fazer? Era preciso ir para a Universidade, pois era cumpridor de seus deveres e a responsabilidade o chamava.

Jogou rapidamente um pouco de água fresca no rosto, pegou a tradicional pasta com os materiais de estudo, e lá se foi... Caminhava pelas ruas e sentia mais e mais o desconforto do calor, a roupa úmida de suor, e se sentia ainda mais infeliz. "Oh vida dura! Não ter tempo nem para tomar um banho para aliviar a canseira, é demais"... Pensava.

"Ainda se eu tivesse um carro para não ter que enfrentar esse calor infernal do asfalto!"... Subia uma ladeira, cabisbaixo, mergulhado nos próprios pensamentos, quando escutou, ao longe, uma melodia que alguém assoviava, com musicalidade e alegria. Olhou para trás, mas não avistou ninguém. Intrigado com o assovio que se tornava mais próximo a cada passo, percebeu que a sua frente algo se movia lentamente.
Apressou o passo e foi se aproximando de um homem que se arrastava, lentamente, ladeira acima, com o auxílio das mãos. O homem não tinha pernas, e uma lona de borracha envolta no que restara de suas coxas eram seus sapatos... Como seus passos eram demasiado lentos, ele podia assoviar, admirar a paisagem, agradecer a Deus pela vida... O jovem, diante daquela cena, sentiu-se profundamente constrangido. Como pudera ter se deixado levar por tamanha ingratidão e infelicidade, por tão pouco?!...

Olhando a situação daquele homem que se movia com tanta dificuldade e expressava sua alegria assoviando, ele ergueu a cabeça e seguiu com outra disposição de ânimo. Agora ele já não se achava a mais infeliz das criaturas, só porque o suor e o cansaço o incomodavam no momento... O sofrimento tem a dimensão que nós lhe damos.

Por vezes, mergulhamos de tal forma nos próprios problemas que não percebemos que eles são pequenos demais para nos tirar a disposição e a alegria de viver. Há momentos em que as nossas lágrimas nos impedem de perceber o remédio, que está ao alcance de nossas mãos.

Às vezes é preciso que se apresente uma situação mais grave que a nossa, ou um problema maior, para que possamos avaliar as reais dimensões de nossos sofrimentos. Isso não quer dizer que devamos ignorar as dificuldades que surgem no caminho, mas que devemos estar atentos para não permitir que nossas 
dores nos tornem egoístas e insensíveis. 

É importante refletir sobre o que leva uma pessoa sem pernas, que se arrasta pelas ruas, a fazer isto assoviando em vez de reclamar e se considerar o mais infeliz dos seres. Talvez essa pessoa entenda que a reclamação não tornaria a sua situação melhor, mas a alegria faz o sofrimento desaparecer.

Assim, por uma questão de inteligência e bom senso, quando a situação estiver muito difícil, lembre-se daquele homem que em vez de subir a ladeira chorando, sobe assoviando
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Aids: campanha começa a ser veiculada

A campanha mostra um casal heterossexual, ao contrario de um vídeo da campanha que mostrava um casal homossexual em uma balada

      Um casal heterossexual foi escolhido para representar as campanhas na TV / Reprodução/ Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
    • Começa nesta terça-feira na TV aberta a campanha contra a Aids no carnaval. O vídeo é apresentado por dois jovens - um homem e uma mulher - que falam sobre a doença e apresentam dados. Não há um casal homossexual, como o vídeo postado no site do Ministério da Saúde e retirado em seguida.

Na semana passada, a pasta tirou do site do Departamento de DST (doenças sexualmente transmissíveis), Aids e hepatites virais o vídeo com um casal gay trocando carícias em uma boate.

O ministério alegou que a peça faz parte da campanha, mas para ser veiculada somente em ambientes fechados e frequentados pelo público-alvo da edição deste ano, os jovens gays de 15 a 24 anos. Foi um erro, segundo a pasta, ter disponibilizado o vídeo no site. A retirada gerou críticas de entidades da sociedade civil de combate à aids e é vista como um recuo do governo.

No vídeo para a rede nacional de TV, os jovens falam sobre a incidência da aids, o aumento de 10% de casos da doença entre os jovens gays e o uso regular de preservativos por apenas 43% dos jovens.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou que a mensagem dá prioridade aos dados epidemiológicos e busca sensibilizar a juventude para o fato de que a Aids não tem cura. A ideia, segundo ele, é usar estratégias de comunicação diferentes para a população em geral e o público gay.

“O conteúdo que queremos passar na TV aberta para o conjunto da sociedade não era possível fazer naquela estratégia de vídeos para o público específico”, disse.

Não iria para TV aberta
Segundo Padilha, o vídeo colocado no site do ministério com o casal gay, retirado em seguida, nunca foi cogitado para transmissão na rede nacional de televisão. O ministério chegou a informar em sua página que os filmes para TV e internet iriam apresentar homens gays e um casal heterossexual prestes a ter relação sexual sem camisinha. Então, personagens – uma fadinha e um siri – surgiriam trazendo o preservativo. As informações não constam mais do portal.

A campanha dos homossexuais foi feita para divulgação em locais que o público-alvo frequentaReprodução/ Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais


“Foi um erro, tanto que determinei a retirada imediata. Aquele vídeo nunca foi pensado para ser colocado na TV aberta”, explicou.

O filme removido mostra um casal homossexual trocando carícias em uma boate e quando decide ter uma relação sexual, uma fadinha aparece com o preservativo. O conceito da campanha é “Na empolgação, pode rolar de tudo. Só não rola sem camisinha. Tenha sempre a sua”.

Para o presidente do Fórum de Organizações Não Governamentais Aids de São Paulo, Rodrigo Pinheiro, o vídeo para a televisão aberta é burocrático e não cativa o público-alvo. Ele discorda da decisão do governo de produzir material diferenciado para a TV aberta e os ambientes segmentados, além de defender a veiculação do filme com o casal gay na rede nacional de televisão.

“Não faz o menor sentido. Vão interromper uma festa [ na boate] para colocar o vídeo”, disse. “É totalmente fora de foco. É falta de encarar o problema de frente”.

A organização pretende ingressar com uma denúncia no Ministério Público Federal contra o ministério, alegando desperdício de dinheiro público, e recorrer também a organismos internacionais de direitos humanos.

NESTE CARNAVAL A MELHOR FANTASIA É A CAMISINHA