terça-feira, 29 de maio de 2012

A aids, ou síndrome da imunodeficiência adquirida, consiste em uma infecção que provoca a falência do sistema imunológico, ou seja, das defesas naturais, impedindo que o organismo combata adequadamente os agentes causadores de enfermidades. Dessa forma, o corpo humano fica sujeito a infecções e a tumores que não o afetariam numa situação de bom funcionamento da imunidade, razão pela qual tais moléstias são chamadas de doenças oportunistas.
O Ministério da Saúde estima que, atualmente, haja 630 mil pessoas com a doença no Brasil. O primeiro caso foi identificado em 1980 e, desde então, muita coisa mudou no que diz respeito a esse novo mal do século. Diferentemente de 20 anos atrás, quando era associada a homossexuais e a usuários de drogas, hoje a aids atinge homens e mulheres indiscriminadamente e muitas crianças já nascem soropositivas, ou seja, com o vírus da imunodeficiência humana, o HIV.
Da mesma forma, receber esse diagnóstico deixou de ser uma sentença de morte. Apesar de ainda não haver cura para a síndrome, a aids caminha para ser uma doença crônica. Dados oficiais já apontaram um aumento de cinco anos na sobrevida dos doentes entre 1993 e 2003, particularmente graças aos avanços nos tratamentos. A tendência é melhorar – até porque as pesquisas não param nessa área.
Causas e sintomas 

Inicialmente, entre duas e seis semanas após a aquisição do vírus HIV, o indivíduo pode manifestar febre, dores musculares, aumento de gânglios – as chamadas ínguas – e dor de cabeça e de garganta, entre outros sintomas que representam um episódio agudo da infecção, comum a outras doenças causadas por agentes infecciosos. 

Evidentemente, existe a possibilidade de essa fase passar despercebida pela pessoa infectada, até porque o quadro costuma se resolver de forma espontânea. Passado um longo período do contágio, de 2 a 20 anos, com média de dez anos, começam a surgir os sinais clínicos da falência imunológica, que variam muito e não são exclusivos da aids. Os mais comuns incluem diarréia crônica, febre persistente, transpiração excessiva, candidíase oral – o popular sapinho –, pneumonia, câncer de pele e emagrecimento exagerado. 

A causa da aids é o vírus HIV, um retrovírus da família Retroviridae, que foi isolado pela primeira vez em 1983. Dois anos depois, descobriu-se também um segundo agente associado à síndrome e, desde então, ficou estabelecido que a aids decorre tanto da infecção pelo HIV-1 quanto pelo HIV-2, cada qual com vários subtipos. 

Independentemente dessa classificação, só existem quatro formas de transmitir o vírus da aids: a sexual, por meio de relações anais, vaginais e orais; a intravenosa, sobretudo pelo compartilhamento de seringas; a perinatal, na qual a mãe transmite o vírus ao bebê na hora do parto; e, por fim, a transmissão por contato com sangue, seja em transfusões, seja em acidentes com material perfurocortante, aos quais os profissionais de saúde estão mais expostos. 

É possível ainda adquirir a síndrome em transplantes, se o órgão vier de alguém que tinha o HIV na circulação, e em inseminações artificiais. Por outro lado, convém destacar que não se pega aids pelo contato casual com portadores da síndrome, como compartilhar utensílios domésticos, usar o mesmo banheiro, beijar e abraçar etc.
Exames e diagnósticos 

Na fase de falência imunológica, os sintomas costumam ser bastante sugestivos da aids, mas não na fase aguda da síndrome. De qualquer forma, o diagnóstico não prescinde de exames de sangue específicos para detectar, no sangue do indivíduo, anticorpos contra o vírus HIV. 

Geralmente são feitos dois testes, cada qual com uma metodologia distinta, para confirmar o resultado positivo. Vale lembrar que, na aids, o período de janela imunológica – tempo que o organismo leva para produzir anticorpos após o contato com um agente infeccioso – deve ser levado em conta na investigação. Se o exame for feito nesse período, que, no caso do HIV, pode variar de 2 a 12 semanas, existe o risco de haver resultados falso-negativos e, portanto, a necessidade de repetição dos testes em período determinado pelo médico.
Fluidos que o corpo pode transmitir o HIV?Tratamentos e prevenções 

Os tratamentos disponíveis ainda não conseguem eliminar o HIV, mas controlam a carga viral existente no indivíduo infectado e aumentam o número de células de defesa do organismo – denominadas CD4 e CD8 –, interferindo na progressão da síndrome e dando menos chance às infecções oportunistas. Para tanto, usam-se combinações dos chamados medicamentos anti-retrovirais, que agem nos mecanismos de multiplicação do HIV. 

Os inibidores de uma enzima chamada transcriptase reversa impedem que o vírus se integre com a célula humana e, assim, gere novas cópias. Já os inibidores da protease levam o HIV a produzir cópias defeituosas de si mesmo, que, uma vez com defeito, não conseguem se replicar. 

Durante a terapêutica, o indivíduo precisa fazer testes periódicos para a contagem do vírus e das células de defesa, de modo que o médico possa medir o efeito dos remédios e, eventualmente, modificar a conduta. O tratamento ainda inclui estratégias diversas para prevenir infecções oportunistas, com vacinas, medicamentos e cuidados gerais. 

O uso de preservativo em qualquer relação sexual é o meio mais eficiente de evitar a aids, uma vez que a maioria dos casos da síndrome se deve à prática de sexo desprotegido. Reduzir outras doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis e gonorréia, também constitui uma medida relevante, uma vez que essas moléstias quebram as defesas naturais que a região genital possui, favorecendo a contaminação com o HIV. Para usuários de drogas injetáveis, a recomendação é não compartilhar seringas de forma nenhuma, idealmente acompanhada da busca de ajuda para tratar a dependência química. Gestantes com aids podem reduzir em muito a chance de passar o vírus para seus bebês com um pré-natal adequado e a adesão, durante a gravidez, a um tratamento com anti-retrovirais, devendo ainda seguir os cuidados recomendados pela equipe médica antes e depois do nascimento da criança. 
A transmissão do HIV pode ocorrer quando os fluidos que contêm o HIV de uma pessoa infectada entrar no corpo de uma pessoa não infectada. Estes fluidos incluem:

Sangue
Sêmen (cum)
Pre-seminal fluido (pré-cum)
Fluido vaginal
O leite materno
HIV pode penetrar no corpo através de:

Revestimento do ânus ou do reto
Forro do vagina, e / ou colo do útero
A abertura para o pênis
Boca que tem feridas ou sangramento gengival
Cortes e feridas
Agulhas (seringas)
Uma pele saudável é uma excelente barreira contra o HIV e outros vírus e bactérias. O HIV não pode entrar no corpo através da pele.

Estas são as formas mais comuns de que o HIV é transmitido de uma pessoa para outra:

Ter relações sexuais (anal, vaginal ou oral) com alguém que é HIV-positivo
Compartilhamento de agulhas ou equipamentos de injeção ("obras") com um usuário que é HIV-positivo
De mulheres HIV-positivas para os seus bebés, antes ou durante o parto, ou através da amamentação após o nascimento
Alguns profissionais de saúde foram infectados após ser preso com agulhas contaminadas com sangue infectado pelo HIV ou, menos freqüentemente, por ter espirrado sangue infectado em seus olhos, nariz, boca, ou em um corte aberto ou ferida.

Para mais informações, consulte CDC Transmissão do HIV e exposição ao sangue: O que os profissionais de saúde precisa saber (PDF).

O HIV também pode ser transmitido por transfusão de sangue infectado ou factores de coagulação do sangue. No entanto, desde 1985, todo o sangue doado nos Estados Unidos foi testado para HIV. O risco de infecção através da transfusão de sangue ou produtos do sangue é extremamente baixa, mas se você tem fatores de risco para HIV, você deve evitar doar sangue. É importante lembrar que você não deve doar sangue com a finalidade de fazer o teste para HIV .


domingo, 27 de maio de 2012

AIDS E HEPATITES


Brasil e outros sete países se reúnem na Nicarágua para fortalecer cooperação em aids

Nos dias 23 a 25 de maio, participantes da Rede Laços Sul-Sul vão traçar plano para ampliar o combate à doença até 2013
Conteúdo extra: Photo Gallery
Quem vive com aids e precisa de tratamento sabe a diferença que os medicamentos fazem. No Brasil, o acesso universal aos antirretrovirais dobrou a expectativa de vida de quem tem a doença. Isso foi possível, em parte, graças ao fortalecimento da indústria nacional, que hoje produz 10 das 20 drogas oferecidas no Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, se beneficiaram não só os pacientes de aids brasileiros, como pessoas que vivem com a doença em sete países: Bolívia, Cabo Verde, Guiné Bissau, Nicarágua, Paraguai, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. A fim de fortalecer e traçar estratégias como essa, representantes desses países estão reunidos, de 23 a 25 de maio, em Manágua (Nicarágua). Ao final do encontro, será traçado uma agenda de trabalho até 2013.
Por meio dessa cooperação, o Brasil já ofertou medicamento para mais de 28 mil pessoas, desde 2003. Além da doação de antirretrovirais, também ocorreram treinamentos – em áreas como manejo clínico e logística – e ações voltadas para a redução da transmissão vertical (da mãe para o bebê) do HIV. A Rede Laços Sul-Sul é um programa de cooperação internacional que atua, principalmente, na ampliação do acesso aos medicamentos antirretrovirais. A ideia é contribuir para o fortalecimento das políticas e capacidades nacionais, por meio de cooperação técnica.

Não discriminação

A Constituição Federal afirma que todos são iguais perante a lei, sendo vedado qualquer tipo de discriminação. Alguns estados reforçam em sua legislação a vedação da discriminação em razão do HIV/aids. São eles:
  • Distrito Federal
  • Espírito Santo
  • Goiás
  • Minas Gerais
  • Paraná
  • Rio de Janeiro
  • São Paulo

     PREVINA-SE CONTRA HEPATITES              O que são hepatites

    Grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
    No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite.
    A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus. Os vírus A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite (não possuindo potencial para formas crônicas). Isto quer dizer que, após uma hepatite A ou E, o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo. Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas, quanto crônicas de infecção, quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses.
    As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no país e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas no setor.
    PROCURE UM CTA MAIS PRÓXIMO E SAIBA MAIS SOBRE COM SE PREVENIR E SE VACINAR.