quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Fertilidade e hiv

                         
Homens com AIDS podem ter filhos através de tratamentos de fertilidade
Uma revisão de estudos indica que tratamentos de fertilidade podem ser feitos com segurança em casais onde o homem está infectado com o vírus da AIDS e a mulher não. Isso porque, ao longo das últimas duas décadas, os pesquisadores têm melhorado os métodos de “lavagem” do esperma dos homens infectados com o HIV.

Claro que o sêmen “não lavado” pode transmitir o HIV para a mulher ou o bebê, mas os cientistas acreditam que o procedimento está ficando cada vez mais eficaz. A lavagem do sêmen do homem diminui o risco de transmissão o suficiente para casais que realmente querem ter filhos.
Pesquisadores brasileiros analisaram 17 estudos anteriores que envolveram um total de cerca de 1,8 mil casais em que apenas o parceiro do sexo masculino tinha AIDS.
Em cada um dos estudos, os pesquisadores realizaram um dos dois tipos mais comuns de tratamentos de fertilidade após a lavagem do esperma. Em seguida, eles registraram quantas vezes as mulheres ficaram grávidas após os procedimentos, e as monitoraram juntamente com os bebês que nasceram, para ver se o HIV foi transmitido a partir do sêmen.
Cerca de um terço das mulheres fez um processo em que um único espermatozóide é injetado em um único óvulo, fecundado, e colocado no útero da mulher. Este tipo de tratamento de fertilidade é considerado mais seguro para casais nos quais o parceiro masculino tem HIV, porque é mais fácil garantir que o esperma que está sendo usado não tem o vírus. O resto das mulheres teve esperma injetado diretamente no útero durante o período fértil.
Em última análise, cerca de metade das mulheres ficaram grávidas, e cerca de 80 a 85% das gestações resultaram no nascimento de um bebê. As taxas de sucesso de gravidez são comparáveis ao que tem sido demonstrado em outros estudos de tratamento de fertilidade em casais sem HIV.
Após o tratamento de fertilidade, nenhuma das mulheres ou bebês do estudo virou positivo para HIV. No entanto, em alguns dos estudos em que os pesquisadores testaram o sêmen depois de ter sido lavado, entre 2 e 8 de cada 100 amostras testaram positivas para o HIV, o que indica que a transmissão do vírus ainda é possível, apesar de improvável.
Porém, mesmo que algumas das amostras de sêmen sejam positivas, a quantidade do vírus provavelmente é tão pequena que não é susceptível de ser passada para a mãe ou o bebê. Além disso, a transmissão do HIV requer algum tipo de “trauma” (“lesão”) para o corpo da mulher, porque o vírus é passado do sêmen para o sangue. Ou seja, embora haja uma chance de transmissão durante relações sexuais, não é provável que haja no tratamento de fertilidade.
Apesar da crescente evidência de sua segurança, procedimentos de fertilidade não são muito comuns em casais nos quais o parceiro masculino tem AIDS. Em parte porque os procedimentos não são muito baratos. Nesse caso, quando os casais não podem pagar um tratamento de fertilidade, acabam indo pela outra opção, que é ter relações sexuais, o que coloca a mulher em situação de risco.
Uma opção futura para estes casais pode ser medicamentos que a mulher toma para evitar contrair o vírus de seu parceiro. E se a mãe não tem o vírus, o bebê não vai ter. Mas por enquanto, o tratamento de fertilidade é a opção mais segura possível.                                                                                                                                                               
A fé é a certeza de que já venceu a batalha mesmo antes dela começar.

É o magnetismo que o Criador colocou em nosso corpo para nos comunicarmos com Ele e também para modificarmos nosso destino, se for preciso.
Ela nunca cairá a nossos pés como água em dia de chuva. Nós é que teremos de de

scobri-la, de abrir nosso coração para encontrá-la e recebê-la.
É a única coisa na Terra que tem o poder de enfrentar a razão sem temos e, depois do confronto, ainda continuar imbatível, inabalável e divina.

Trecho do livro: A Semente de Deus


Do querido amigo e escritor: Cesar Romão
   


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

E agora?

             Como é saber que está infectado?              Como fica a mente e o coração?


- Ao sair do consultorio do infecto, embora estivesse suando frio, ainda estava forte. Mas quando fui pro carro, desabei a chorar. Tanto que o manobrista do estacionamento veio até minha janela, perguntou se tava tudo bem. Eu respondi que sim e minha reação após isso foi ligar para meu melhor amigo, que estava no trabalho. Pedi pra ele me ligar a noite, que precisava muito falar com ele. Vim pra minha casa, engolindo choro. É uma sensação horrivel. Eu ficava me perguntando, mas porquê, como, quem me passou o virus? Sempre fui e sou muito racional, e ao chegar em casa, já não estava mais chorando, e fui direto pra internet, pesquisar no Dr Google, o que eram aqueles mais de 20 exames de doenças, que o infecto tinha solicitado. É de dar medo, muito medo, ao ler o que cada uma dessas doenças pode causar.A mídia fala muito sobre o HIV, há campanhas na televisão, como por exemplo, no carnaval, pedindo para as pessoas fazerem sexo seguro, usar camisinha etc. Mas não falam sobre essas outras doenças. Vou citar algumas, que graças a Deus, eu não tenho, mas que são fatais em um paciente com HIV. São elas: sifilis, hepatite c, tuberculose. São elas que matam os infectados, e não o HIV. Em uma pessoa sem o HIV, tais doenças não causam mal algum. Mas em quem tem o HIV, essas doenças levam à morte, caso o HIV não seja tratado. Do rol de doenças oportunistas, eu tenho que me preocupar apenas com uma, chamada toxoplasmose. Ela acomete o cérebro do paciente que não trata o HIV.Todo portador do HIV, tem que se preocupar com 02 resultados nos exames. Um, chamado de CD4, que são as células de defesa do nosso organismo, que são infectadas pelo HIV. O vírus, destrói as células CD4s do nosso sangue. Em uma pessoa sem o HIV, a contagem de CD4 normal varia de 1500 a 1800 por milímetro de sangue. Meu primeiro CD4, estava 200 por ml de sangue. O outro resultado que deve ser analisado, é a Carga Viral, que é a quantidade de virus que existe por ml de sangue. Meu primeiro exame, deu 24.000 por ml.. Quer dizer, haviam  24.000 bichinhos por milímetro de sangue em meu corpo, destruindo lentamente minhas células de defesa. Ao levar esses primeiros resultados ao infecto, ele me disse: "vamos acompanhar. Por enquanto, você não precisa se preocupar, mantenha sua vida normal, e faça o acompanhamento de 3 em 3 meses". Passados 3 meses, refiz os exames, e minha taxa de CD4 abaixou mais ainda. Poucos dias depois do segundo exame de acompanhamento, tive a primeira doença oportunista, tive Herpes Zoster, que as pessoas chamam de "cobreiro". Isso, foi em Novembro/2011. Fui no clínico geral, tratei essa doença, e quando retornei ao infecto, disse a ele o que tinha acontecido. Ele me disse, "você já teve 1 manifestação clínica, se acontecerem 02, temos que entrar com remédios". Em março/2011, tive uma segunda complicação, sapinho no esôfago. Foi o gatilho inicial para iniciar a medicação para combater o HIV.os remédios para combater o HIV são muito caros. Mas todos os brasileiros infectados, podem e têm os remédios distribuidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saude. Está disponível, a todos que tenham o HIV. Eu atualmente, tomo 1 remédio de manhã e 02 a noite. Hoje em dia, só morre de HIV quem não tratar. Há muitas opções de remédios e estou consciente de que terei que tomá-los para sempre. Minha vida mudou sim. Agora, tenho horários para os remédios, não posso esquecer de tomar nenhum deles. Parei de beber, não bebo mais uma gota de álcool. Tento levar uma vida saudável, continuo fazendo tudo que fazia antes, exercícios físicos, trabalho. Os primeiros dias do remédio são os piores, pois eles são muito fortes e podem dar muitos efeitos colaterais. Por sorte, se é que posso chamar assim, tive apenas efeitos colaterais totalmente suportáveis, fora um sono sem fim, que vai passando conforme o corpo vai se acostumando. O pior remédio é o da noite. Ele é grande e até hoje me dá efeitos colaterais fraquinhos... eu costumo dizer é como uma brisa rs. Nos primeiros 20 dias nem saía de casa... agora, já saio e estou totalmente acostumado à medicação.Pra finalizar o que eu diria pra pessoas que passam pelo mesmo ''drama'':Eu diria várias coisas! Diria primeiro não tenha medo de ir fazer um exame de sangue para saber se tem HIV ou não. Se você teve alguma relação sem proteção, a camisinha estourou, não fique encanado. Vá, faça o exame. Se você não tem plano de saúde, procure uma unidade de saúde pública mesmo. Faça o teste. Se der negativo, ótimo! Se der positivo, enfrente o que tiver que enfrentar. E não acredite em tudo que ler no Dr. Google. O cara mais indicado pra te ajudar caso você tenha o HIV, é o infectologista. Ele estudou pra isso, ele sabe e responde todas as suas dúvidas. É importante se abrir com alguém também, alguém que você confie e não te julgue. Hoje em dia, ter HIV não é mais uma sentença de morte. Se você descobrir a tempo, é como uma doença crônica, que você tratará pelo resto da sua vida. Isso é o que eu posso dizer a quem tem HIV e já sabe. Tenha pensamento positivo sempre!Se possível faça terapia procure um grupo de apoio mas jamais deixe de ser feliz por isso e nem seja em momento algum pessimista afinal todos nós vamos morrer um dia ,mas que seja num futuro bem longínquo no mais é isso que posso dizer...                                                                                       
Quem não tem aonde ir, descobre a graça de ficar.

Pe. Fábio de Melo



sábado, 28 de julho de 2012

Aids: cuidados com a alimentação evitam infecções      Na lista de cuidados do paciente HIV, a alimentação ocupa um lugar importante. "Com a alimentação correta, o paciente evita infecções, perda de peso e outras complicações da doença", explica Amélia Santos, nutricionista do Centro de Referência e Treinamento para Aids e DST de São Paulo. "Em alguns casos é necessário o uso de suplementação alimentar, mas tudo vai depender do estado do paciente", explica a especialista. Confira quais são os cuidados com o cardápio. Reeducação alimentar

"O paciente HIV tem o metabolismo complicado. O próprio vírus pode torná-lo acelerado, facilitando a perda de peso", explica a nutricionista Amélia Santos. Nesses casos, é importante que o paciente faça uma reeducação alimentar. 


O ideal é investir sempre em proteínas e gorduras boas - que vão fornecer a energia necessária para a pessoa -, como peixes, carnes magras e queijos brancos. Comer de três em três horas; optar pelos alimentos integrais; evitar comer frituras e alimentos com muitos conservantes; e adquirir o hábito de tomar água, água de coco e sucos naturais no lugar de refrigerantes e bebidas com corantes artificiais. "As guloseimas não estão proibidas, podem ser consumidas uma vez a cada duas semanas, mas a liberação vai depender do estado físico do paciente", diz Amélia. Quando vierem as náuseas... 

A medicação usada pela pessoa que tem Aids pode causar náuseas e enjoos. O incômodo também afeta pessoas que são portadoras do vírus HIV, que embora não possuam nenhuma manifestação da doença, precisam usar os medicamentos chamados antirretrovirais, e entre seus efeitos colaterais. 


Nesses períodos, a nutricionista Amélia Santos explica que é bom consumir alimentos de consistência pastosa e em pequenas porções, como bolachas sem recheio, purê de batatas, iogurtes, além de beber chás. "O chá de gengibre é um dos mais recomendado, pois ele consegue aliviar tais sintomas", conta Amélia. Evite comer e ingerir líquidos ao mesmo tempo

Para quem está sofrendo com os enjoos, o melhor é deixar os líquidos de lado na hora da refeição. Segundo a nutricionista Amélia Santos, ingerir líquidos durante a refeição pode dificultar a digestão e causar refluxo, aumentando a sensação de mal-estar. Se for beber, o ideal é fazê-lo antes de comer ou pelo menos meia a hora após a refeição, optando sempre pelos chás, que são mais digestivos. 

Em casos de diarreia, cuidado com a dieta A diarreia é uma complicação muito comum dos pacientes HIV, e pode acontecer tanto por conta da própria doença - que deixa o corpo mais vulnerável a infecções - quanto pela medicação, que pode manifestar esse efeito colateral. 

Nessa situação, o nutricionista Celso Kukier, do Hospital São Luiz, conta que o melhor é evitar o consumo de leite e derivados, além de adicionar fibras solúveis à dieta - como frutas -, e evitar fibras insolúveis - como cereais - além de beber muito líquido. 

Cuidados ao congelar alimentos

Os alimentos congelados merecem uma atenção especial para quem é portador do vírus. O ideal é sempre deixar o produto descongelando na geladeira, e não ao ar livre - diminuindo o risco de contaminação - e, caso tenha sobrado um pouco do alimento, é preciso descartá-lo - nada de congelar novamente. "Nesse processo de recongelamento pode haver infecção por bactérias", explica a nutricionista Amélia Santos.  

Lavar bem as frutas e saladas cruas 

Para diminuir o risco de infecções, é essencial fazer a higienização correta dos legumes e verduras. Para tanto, o melhor é retirar as cascas e folhas externas, contribuindo para a redução de resíduos presentes na superfície. Outra recomendação é a utilização de hipoclorito de sódio ou água sanitária (uma colher de sopa dissolvida em um litro de água é suficiente para higienizar até dez alimentos) para fazer a descontaminação. 

A nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional, dá a dica: "Lave os alimentos em água corrente, higienize-o em solução de hipoclorito de sódio ou água sanitária, enxague novamente, seque o excesso de água com um pano limpo e deixe escorrer."

"Lembrando que a higienização das mãos antes do manuseio do alimento também é importante", conta o nutricionista Celso Kukier. 

Alimentos cozidos 

Segundo a nutricionista Amélia Santos, há casos em que o paciente pode apresentar neurotropenia - complicação que causa uma diminuição dos glóbulos brancos, deixando a imunidade ainda mais baixa. "Isso faz com que o paciente fique ainda mais suscetível a infecções, não podendo comer alimentos crus", explica. Embora esses casos sejam mais raros, eles existem e devem ser levados em conta. O cozimento pode ser feito em água limpa (não é necessário ser filtrada), mas a higienização prévia do alimento deve ser realizada de qualquer maneira.  

Verificar a procedência dos alimentos

É de extrema importância que o paciente HIV tenha plena consciência da procedência de tudo o que ele está consumindo, para evitar a contaminação. Dessa forma, produtos de procedência duvidosa ou sem qualquer indicação de onde tenha sido produzido estão fora de cogitação. Além disso, é essencial verificar a validade do produto e não consumi-los fora da data de validade em hipótese alguma. 

De acordo com o nutricionista Celso Kukier, os alimentos não podem ficar mais do que quatro horas expostos ao ambiente. "Mais do que isso, o risco dele já estar contaminado com alguma bactéria é muito grande". 

Por isso, se o paciente for comer fora de casa, é essencial que ele saiba há quanto tempo aquele alimento foi preparado, como foi feita a higienização dos talheres, e o processo na hora do preparo. 

                                                                                                                                                                       Como saber se estou com HIV/Aids?

 Problemas dentários como gengivas machucadas e sangrando, feridas de herpes na boca e infecções por fungos (sapinho), podem ser os primeiros sinais clínicos de AIDS. No entanto, se você tiver alguns destes sintomas não deve concluir que está infectado pelo vírus, uma vez que eles ocorrem também na população em geral. A única forma de se saber ao certo se está infectado é fazendo o teste de HIV. Consulte seu médico ou qualquer outro profissional da área de saúde. Um teste de HIV positivo não significa que você tenha AIDS. A AIDS é um diagnóstico feito pelo médico, com base em critérios específicos. Também não se pode confiar nos sintomas para saber se está ou não infectado pelo HIV. Muitas pessoas que estão infectadas pelo vírus não apresentam nenhum sintoma durante muitos anos. Os sinais abaixo podem servir como alerta para a infecção pelo HIV: 

- Perda de peso acelerada 
- Tosse seca
- Febre constante ou sudorese noturna intensa 
- Glândulas linfáticas inchadas nas axilas, virilha e pescoço 
- Diarreia que dura mais de uma semana 
- Manchas brancas ou manchas estranhas na língua, na boca ou na garganta 
- Pneumonia 
- Manchas vermelhas, marrons, rosas ou púrpuras na pele, ou dentro da boca, nariz ou pálpebras
- Perda de memória, depressão e outras alterações neurológicas


A transmissão pelo HIV pode ocorrer quando o sangue, sêmen, fluido vaginal ou leite materno de uma pessoa infectada penetra no seu corpo. A melhor maneira de evitar a contaminação pelo HIV é não praticando atividades de risco que permitam que o vírus entre em seu corpo. Para maiores informações sobre a prevenção contra o HIV/AIDS, consulte um médico ou outro profissional da área de saúde. Informações podem ser também obtidas na Secretaria da Saúde do Estado ou da Prefeitura de sua cidade. Muitas pessoas se preocupam com o risco de infecção através da transfusão de sangue. Doar sangue não oferece nenhum risco de contrair o vírus HIV. 
Como evitar o HIV/Aids?

Posso contrair HIV no consultório dentário?

Devido à natureza do tratamento dentário, muitas pessoas temem que o HIV possa ser transmitido durante o tratamento. Precauções universais são utilizadas para a limpeza do consultório, dos equipamentos e instrumentos utilizados pelo dentista, entre cada um dos pacientes a fim de prevenir a transmissão do HIV e outras doenças infecciosas. Isto é a lei! Estas precauções exigem que os dentistas e assistentes utilizem luvas, máscaras e proteção para os olhos, e que esterilizem todos os instrumentos manuais (motores) e outros instrumentos dentários para cada paciente, utilizando os procedimentos de esterilização específicos determinados pela Vigilância Sanitária. 

Os instrumentos que não puderem ser esterilizados devem ser descartados em lixos especiais. Após cada consulta, as luvas são descartadas, as mãos são lavadas e um novo par de luvas é utilizado para o próximo paciente. Se você estiver ansioso, alguns minutos de conversa com seu dentista para tirar quaisquer dúvidas que possa ter sobre saúde e medidas de precaução podem deixá-lo mais tranqüilo. Como tratar HIV/Aids?   

Dez alimentos para aumentar a imunidade

frutas cítricas, alho, gengibre e batata yacon devem ser consumidos

Inverno costuma ser tempo de gripes e resfriados que vão e voltam. Para ficar livre dessa onda nada agradável é preciso turbinar o sistema imunológico, consumindo os alimentos certos e evitando outros. De acordo com a médica ortomolecular Anna Bordini, da Clínica Bertolini, “leite e derivados, açúcar refinado, cafeína, sal, álcool e alimentos industrializados e ricos em gorduras trans podem enfraquecer o sistema imunológico ou deixar a recuperação mais lenta de quem pegou uma doença”. A seguir, saiba quais alimentos consumir para dar um up no seu sistema imunológico:
  • 1
    Alho
    “Tem função imunoprotetora e uma boa dose de selênio e zinco, nutrientes importantes para evitar gripes, resfriados e outras doenças. Pode ser consumido no tempero das preparações e adicionado cru para temperar o tofu, por exemplo”, explica Lucianna Jardim, nutricionista especialista em ciência dos alimentos.
  • 2
    Cebola
    Segundo Lucianna Jardim, “a quercitina presente no alimento é um potencializador da função imune, prevenindo doenças virais e alérgicas. Use sempre em temperos ou crua na salada”.
  • 3
    Lichia
    Rica em vitamina C, auxilia na imunidade e tem propriedades antiinflamatórias. “Recomenda-se o consumo de uma unidade por dia”, diz a nutricionista Lucianna Jardim. 
  • 4
    Gengibre
    Lucianna Jardim explica que “o gengibre auxilia nas defesa do organismo porque possui importante ação bactericida, além de boas doses de vitamina B6 e C. Pode ser adicionado no suco (1 colher de sopa de gengibre ralado, duas vezes por dia) ou servir para fazer chá (2 colheres de sopa de gengibre fresco para 1 litro de água)”.

    Termogênicos: gengibre também ajuda a emagrecer
  • 5
    Cogumelo shitake
    “O shitake é rico em lentinana, nutriente capaz de estimular a produção das células de defesa (macrófagos e linfócitos) e aumentar a imunidade. Utilizado em larga escala na comida japonesa, tem sido cada vez mais prescrito, graças aos seus aminoácidos e função imunoprotetora. Recomenda-se o consumo de cerca de 100g por dia”, orienta Lucianna. 
  • 6
    Castanha-do-Pará
    Segundo Lucianna Jardim, “a castanha-do-Pará é rica em selênio, poderoso antioxidante no combate aos radicais livres, que também turbina o sistema imunológico. Consumir uma ou duas por dia é suficiente para suprir as necessidades diárias de selênio”.


  • 7
    Batata yacon
    De acordo com a nutricionista, “a batata yacon contém frutooligossacarídeos (FOS) importantes para a saúde intestinal, e consequentemente, para imunidade”.
  • 8
    Iogurte natural
    “O iogurte natural é rico em lactobacilos com propriedades probióticas, que melhoram a flora intestinal e fortalecem o sistema imunológico. O alimento também ajuda no controle do sobrepeso e obesidade”, explica Lucianna.

    Probióticos: entenda a importância 





  • 9
    Vegetais verdes escuros
    “Brócolis, couve, couve de Bruxelas, rúcula e espinafre são fontes importantes de ácido fólico e vitaminas A, B6 e B12, que possuem papel na maturação das células imunes, ajudando na resistência às infecções”, diz a ortomolecular Anna Bordini. A nutricionista Lucianna Jardim completa: “Estes alimentos também são ricos em ácido fólico, nutriente que participa da formação de glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo”.
  • 10
    Frutas cítricas
    “Laranja, acerola, limão, kiwi, e morango são ricas em vitamina C, antioxidantes, fibras, flavonóides e propriedades antiinflamatórias. As frutas cítricas aumentam a imunidade são importantes para a prevenção do câncer e doenças cardiovasculares”, diz Lucianna Jardim.
    A nossa saúde depende dos alimentos que ingerimos :Fica a dica bjs Manu!!!!

                                                                                                                                                              ''Não sou santo, mas sou humano o bastante para admitir que, se eu estivesse do outro lado da moeda, com informação de sobra, vendo mortes todos os dias e "chorando" por elas, eu faria a minha parte SIM. Cruzar os braços e esperar o próximo sem mover uma palha é crueldade. Eu julgo, e aponto, porque sei que eu faria a minha parte.''




quarta-feira, 11 de julho de 2012

Trabalho e hiv

                                                  Trabalhando com HIV
Os trabalhadores soropositivos têm direitos
que devem ser respeitados
Apesar de muita coisa ter mudado em relação à Aids de 1981 até hoje, vários trabalhadores ainda vêm sendo demitidos por estarem infectados pelo HIV. O fato da Aids ser uma doença incurável e o medo que o patrão tem do funcionário vir a ficar doente e faltar ao trabalho são as justificativas mais comuns na hora em que um trabalhador soropositivo vai para a rua. Foi o que aconteceu com Maciel, de 32 anos. Os donos do escritório de contabilidade onde ele trabalhava alegaram, para sua demissão, corte de pessoal. Mas Maciel tem certeza de que o verdadeiro motivo foi a sua sorologia para o HIV. "Eles disseram que o meu salário era o maior, mas existe outro contador na firma que ganha o triplo do meu salário. Além disso, outra funcionária foi contratada para o mesmo cargo que o meu quatro meses antes de me mandarem embora". Maciel descobriu que era soropositivo depois de ter sido encaminhado a um infectologista pela própria empresa. "Eu estava me sentindo mal com muita freqüência, e eles me encaminharam a um médico. Com isso, eu, ingenuamente, achei que estava seguro no trabalho". Enquanto ele não apresentava nenhum problema de saúde, mantinha uma relação amistosa no local. Porém, bastou ficar doente, Maciel percebeu uma certa intolerância por parte dos patrões e funcionários, até surgir a demissão. Hoje, Maciel pretende acionar a empresa judicialmente. "No início eu queria a reintegração. Mas agora sei que não existe clima para retornar a esse emprego. Quero uma indenização. Isso se tornou uma questão moral para mim".

Convivendo com inimigos
Depois de vários anos trabalhando no mesmo local, dedicando mais de 11 horas por dia ao trabalho, o cabeleireiro Marcos, de 22 anos, acabou descobrindo que era portador do HIV e ainda estava com Sarcoma de Kaposi (um tipo de câncer mais comum em pele), o que o obrigara a se submeter a um tratamento de quimioterapia. Mesmo assim, Marcos não abriu mão do trabalho. Resultado: passava mal freqüentemente e muitas vezes era obrigado a faltar. Acabou revelando que era soropositivo e que estava se submetendo a uma quimioterapia. Ele deixou claro que queria continuar trabalhando, mas precisava de um pouco de compreensão. Nos primeiros dias, tudo bem. Mas, com o tempo, voltaram as exigências que colocavam em risco a sua saúde. Marcos, então, deu entrada no Auxílio Doença, mas quando estiver apto a retornar ao trabalho vai pedir demissão. "Não quero continuar trabalhando naquele lugar". Por outro lado, ele reconhece a importância de se manter uma ocupação: "Apesar do desgaste físico, o trabalho me dava condição psicológica para enfrentar a vida".

Respeito com o funcionário
SilviaAs histórias de Maciel e de Marcos demonstram os absurdos aos quais os trabalhadores soropositivos ainda estão sujeitos. Porém, hoje em dia, já se pode falar em algumas exceções. Silvia (foto) trabalha há 17 anos numa multinacional com sede em São Paulo. Ela descobriu que é soropositiva há 8 anos. Entretanto, só revelou à empresa a sua sorologia após a morte do marido, porque queria poupá-lo de qualquer constrangimento. Precisou faltar ao trabalho por várias vezes para auxiliá-lo no tratamento. Depois de viúva, começou o tratamento com os remédios anti-Aids, que lhe causaram vários efeitos colaterais, gerando novas faltas ao trabalho. Mesmo assim, ela assegura que sempre contou com o apoio da empresa e nunca teve problemas de discriminação por parte de amigos e colegas. "Às vezes eu me sentia muito enfraquecida mas mesmo assim eu ia trabalhar. Não queria entregar os pontos". Hoje, Silvia faz parte da diretoria do GIV (Grupo de Incentivo à Vida), uma ONG de São Paulo. Namora um soropositivo e cria seus filhos com tranqüilidade: "O que me torna diferente das outras pessoas é que eu tomo 21 comprimidos por dia. Apenas isso".

Ninguém pode ser demitido porque está infectado pelo HIV
O advogado Marcelo Turra é categórico: "Uma pessoa não pode ser demitida porque é portadora do HIV. Ela pode ser demitida por qualquer outro motivo, menos por portar o vírus em seu corpo". Segundo o advogado, caso a demissão ocorra, ela pode ser contestada judicialmente. "Geralmente essas demissões são anuladas e o patrão é obrigado a readmitir esse funcionário. Os juízes sabem que esse trabalhador não oferece nenhum risco ao ambiente de trabalho. Caso ele adoeça, poderá solicitar o Auxílio Doença e se afastar de suas funções enquanto se recupera". Marcelo Turra explica que, quando um trabalhador requer o Auxílio Doença, quem arca com esse benefício é a Previdência Social. Não há ônus para o empregador. "O patrão tem de entender que qualquer um de seus funcionários pode ficar doente, independente da Aids". Entretanto, se o patrão descobrir que a pessoa é soropositiva e alegar outro motivo para a demissão, Marcelo Turra afirma que a situação passa a ser mais grotesca. Porém, o advogado esclarece que a Justiça do Trabalho utiliza indícios e não apenas provas para julgar as ações. "Então, pode ser difícil, mas não é tão impossível assim demonstrar que uma pessoa foi demitida somente porque portava o vírus no corpo". Para isso é necessário que a pessoa auxilie seu advogado, repassando fatos que servirão de prova para uma ação judicial.
O advogado esclarece também que nenhuma pessoa pode ser discriminada por sua sorologia. É inaceitável diminuição de salário ou rebaixamento de função. Caso alguma dessas arbitrariedades ocorra, ela também deve ser contestada judicialmente.

Colocando a boca no trombone

A principal coisa a ser feita em casos como esse é procurar um advogado que entenda do assunto e entrar com uma ação na justiça. O fato de várias pessoas terem se exposto e entrado com processos contra os locais onde trabalhavam, fez com que os juízes se posicionassem favoravelmente a elas. Esses posicionamentos vêm beneficiando ainda hoje outros trabalhadores que entram com novas ações. Marcelo Turra reconhece que arbitrariedades já foram cometidas e várias pessoas se calaram com receio de se expor. "Uma grande parcela dos trabalhadores não procura socorro jurídico. Por medo ou incredulidade". Com relação a isso, ele lembra que existe o Segredo de Justiça – um artifício jurídico que prevê o sigilo absoluto da pessoa que está movendo a ação.
O advogado ressalta que o Direito foi um dos principais responsáveis por mudanças de comportamento da sociedade em relação aos portadores de HIV. "Se não fosse o Direito, estaríamos, ainda hoje, discutindo questões extremamente básicas de cidadania. O Direito é um grande instrumento para que as pessoas tenham acesso à cidadania".

Transformações ao longo do tempo
Para Marcelo Turra, muita coisa mudou em relação a esse tipo de discriminação no local de trabalho. "Hoje a situação é muito mais fácil de lidar. Algumas empresas já possuem uma política interna de Aids para atender aos seus funcionários". No Brasil, foi criado o Conselho Nacional Empresarial, que engloba um conjunto de empresas que discutem, em conjunto, ações voltadas para prevenção, controle e reabilitação do trabalhador HIV positivo. Uma delas é a Volkswagen, que criou o Aids Care. Esse programa garante de palestras internas a atendimento ambulatorial aos funcionários soropositivos. O estado do Rio de Janeiro foi o primeiro a criar o Conselho Empresarial Estadual de Controle e Prevenção às DST/Aids em local de trabalho. Fazem parte desse grupo empresas como a Varig e a Nestlé.
Locais que oferecem assessoria jurídica gratuita
Rio de Janeiro
• Grupo Pela Vidda Rio – (21) 518 3993
• Grupo Pela Vidda Niterói – (21) 719 5683
• Gapa/RJ – (21) 571 4141
• Escritório de Advocacia Gratuita da Univ. Cândido Mendes – (21) 523 4141 ramal 201

São Paulo
• Grupo Pela Vidda SP – (11) 258 7729
(especificamente causas trabalhistas)

Fique por dentro dos seus direitos
Demissão por conta da sorologia por HIV – Não existe uma lei que dê estabilidade a esses trabalhadores. Porém, diante de várias decisões judiciais, é garantido o cancelamento desta demissão caso fique comprovado que o funcionário foi demitido porque era soropositivo.
Testagem compulsória – Nenhum trabalhador poderá ser obrigado a realizar um teste de Aids. Há uma portaria interministerial (nº 869/92) dos Ministérios da Saúde e do Trabalho e Administração que proíbe esse procedimento.
Auxílio Doença/Aposentadoria/Pensão por morte – Em caso de incapacidade por mais de 15 dias para o trabalho, o trabalhador deverá ser encaminhado pelo empregador para o Auxílio Doença. Este benefício poderá ser requerido independente do período de contribuição do funcionário à Previdência Social. O contrato de trabalho fica suspenso e o INSS fornecerá o benefício enquanto o trabalhador permanecer doente. Se esta incapacidade se tornar definitiva, o direito da aposentadoria é assegurado. Em caso de morte, os dependestes recebem o benefício sob a forma de pensão. Inciso I da Lei 7.670/88. Procure um posto da Previdência Social mais próximo de sua casa. Caso seja autônomo, não deixe de contribuir através do carnê de contribuição. Isso fará com você garanta a sua aposentadoria ou o seu Auxílio Doença.
PIS/PASEP e FGTS – As pessoas soropositivas têm direito à liberação do saldo das contas de PIS/PASEP, independente da aposentadoria. Para isso, procure a agência da Caixa Econômica Federal que centraliza a sua conta com exame de HIV, declaração médica, carteira de trabalho ou cartão do PIS.
Discriminação/Dano Moral – O portador do vírus da Aids não pode ser discriminado por sua sorologia, como estabelece a Constituição Federal no artigo 5º caput: "Todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza...". Inciso V "É assegurado o direito de resposta proporcional ao agravo, além de indenização por dano material ou à imagem". Inciso X "São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano moral e material decorrente de sua violação". Inciso XLI dispõe que "a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais".
Consultoria da advogada Patrícia Rios

segunda-feira, 2 de julho de 2012

DIAS MELHORES

Pílula 'quatro em um' torna tratamento do HIV mais 'seguro, simples e eficaz'


Célula infectada pelo HIV: nova pílula ajuda a interromper replicação do vírusUm novo comprimido que combina quatro drogas anti-HIV em um único tratamento diário é seguro e eficaz, de acordo com um estudo publicado nos EUA.

Espera-se que a "pílula quatro em um" torne mais fácil para os pacientes manter a medicação e melhorar os efeitos de seu tratamento.

Um estudo publicado na revista especializada Lancet afirma que esta poderia ser uma "nova opção de tratamento".

Um especialista britânico disse que a pílula era "uma grande notícia" e fazia parte de um movimento em direção a doses diárias únicas para portadores do HIV.

O HIV é incurável, e o tratamento da infecção requer terapia que combina múltiplas drogas usadas para controlar o vírus.

Isso pode significar tomar vários comprimidos em diferentes horários do dia. E esquecer de um significa que o corpo pode perder a luta contra o HIV.

Pesquisadores e empresas farmacêuticas têm combinado alguns medicamentos em comprimidos individuais, para facilitar a administração das doses.

A "pílula quatro em um" é a primeira a incluir um tipo de droga anti-HIV conhecido como um inibidor da integrase, que interrompe a replicação do vírus.

'Segura, simples, eficaz'

Paul Sax, diretor clínico do Brigham and Women's Hospital, em Boston, Massachusetts, e professor associado da Harvard Medical School, disse: "A adesão dos pacientes à medicação é vital, especialmente para pacientes com HIV, onde a perda de doses pode levar o vírus a tornar-se resistente."

Ele liderou a pesquisa comparando o efeito da pílula quatro em um com o do melhor tratamento disponível até então em 700 pacientes. Ele disse que a pílula quatro em um era tão segura e eficaz quanto as opções anteriores, embora houvesse um nível maior de problemas renais, entre aqueles que a tomam.

"Nossos resultados fornecem uma opção adicional altamente potente e bem tolerada, e reforça a simplicidade do tratamento através da combinação de vários antirretrovirais em um único comprimido."

Dr. Steve Taylor, especialista em HIV no Birmingham Heartland Hospital, disse: "Sem dúvida, o desenvolvimento de uma pílula única é um grande avanço no combate ao HIV."

"Passamos um longo tempo com pessoas tomando até 40 comprimidos três vezes ao dia", diz.

Ele disse que o novo comprimido foi "uma grande notícia" para as pessoas com HIV e que a pílula quatro em um aumentaria as opções de tratamento.

No entanto, ele alertou que muitas pessoas ainda tinham o HIV não diagnosticado. Um quarto das pessoas com HIV no Reino Unido não sabem que estão infectadas.

A pesquisa foi financiada pela empresa de biotecnologia Gilead Sciences.

Cientista defende uso de vacina no combate à Aids                                                                                           O cientista Stanley Plotkin, descobridor da vacina contra a rubéola, ressaltou nesta terça-feira (12) que, de acordo com as primeiras provas experimentais realizadas, é possível desenvolver vacinas "eficazes" contra a Aids (HIV), a malária e a tuberculose.

Atualmente, os pesquisadores desenvolvem uma nova vacina que trabalha sobre nove sorotipos, cinco a mais que as vacinas atuaisEstas três vacinas são os três "principais objetivos" da pesquisa no futuro "a longo prazo", assinalou Plotkin durante uma entrevista no encontro científico "Forovax VI", que foi iniciado ontem e será encerrado nesta terça-feira em Pamplona, no norte da Espanha.
Além de Plotkin, o Fórum reuniu outros especialistas de prestígio internacional, como o catedrático espanhol Ángel Gil de Miguel e Javier Moreno, presidente-executivo de Asjusa Letramed e especialista em Direito sanitário.
Apesar de não ter apresentados nenhum tipo de resultado, Gil de Miguel também defendeu a eficácia da vacina e, neste caso, contra o vírus do papiloma humano, implicado na aparição do câncer do colo do útero.
Segundo Gil de Miguel, existem dados vindos da Austrália que comprovam com sucesso a vacina contra doenças genitais (DST). "Mas, em relação ao câncer, devemos demorar um pouco mais para vê-las".

Atualmente, os pesquisadores desenvolvem uma nova vacina que trabalha sobre nove sorotipos, cinco a mais que as vacinas atuais. Com base nesta nova pesquisa, a porcentagem de proteção poderá se elevar até 90%, contra 70% da atual. Apesar dos avanços, essa nova vacina ainda "vai demorar para ser concluída". 

domingo, 24 de junho de 2012

Sorrindo para vida

   Depoimentos
“Foi sorrindo que eu passei por tudo isso e é sorrindo que vou me manter viva”, diz Andréa, portadora de HIV/Aids
Quem vê o rosto sempre sorridente de Andréa*, 40 anos, não imagina a história de vida que ela carrega. Em 1998, foi diagnosticada como portadora do HIV. No entanto, como, na época, a doença ainda não era totalmente conhecida pelos médicos, ela não foi avisada que carregava o vírus, o que só aconteceu um ano depois. “Como eu não tinha nenhuma manifestação, não acharam que era preciso me avisar. Só no ano seguinte, quando os sintomas da Aids apareceram e eu tive minha primeira crise, foi que meu médico me contou que eu tinha a doença”, relembra.
Se o choque inicial é sempre impactante, quando essa nova realidade é acompanhada de uma série de problemas de saúde, a situação de complica ainda mais. “Eu tive todos os sintomas, fiquei semanas no hospital, cheguei a pensar que não sairia dali, mas eu tinha força de vontade, e nunca pensei em desistir”, conta Andréa. Meses depois de sair do hospital, outro acontecimento mudou a sua vida. Num acidente de carro em dezembro de 1999, ela perdeu o companheiro e a única filha. “Se não fosse pela ajuda da minha família, eu não sei se teria conseguido suportar, mas sempre tive muita força de vontade, que me fez seguir em frente”, conta.
Preconceito
Foi então que Andréa descobriu um dos lados mais difíceis da doença: o preconceito e a desinformação. “Quando chegamos ao hospital, depois do acidente, os socorristas não estavam de luvas, aí, logo que eles descobriram que eu sou portadora do vírus, falaram coisas absurdas, me chamaram de aidética e disseram que eu ia transmitir a doença para eles”, relembra.
Em 2003, teve outra recaída e, mais uma vez, chegou a passar semanas no hospital. Por causa da doença, não pode trabalhar, e as dívidas se acumularam. “Eu cheguei a ter a minha prisão decretada por falta de pagamento de uma dívida, por isso, mesmo muito mal, eu não podia me internar, pois seria presa imediatamente. Chegava a perder 3kg em uma só noite”, relembra. Em 2007, veio a terceira e mais forte crise. Andréa chegou a ter um derrame cerebral. “Quando foram me operar, os médicos me falaram claramente que eu não sobreviveria. Mais uma vez, eu tive fé que ia conseguir, que ia superar mais essa, e foi isso que aconteceu.”
Apesar do inesperado sucesso da cirurgia, ela ficou com uma sequela. Durante quase um ano, permaneceu sem a visão dos dois olhos, que aos poucos, foi recuperada. “Eu tenho uma filosofia de vida que diz que qualquer situação ruim pode ser administrada. Assim, eu me agarrava a Deus e sabia que tudo daria certo no final”, conta ela. “Eu raramente choro, tento sorrir o tempo todo, porque eu acredito que o sorriso cura. Foi sorrindo que eu passei por tudo isso e é sorrindo que eu me mantenho viva”, completa.
Há 10 anos, na época em que Andréa descobriu que tinha Aids, a informação sobre a doença ainda era pouca. O HIV ainda matava muito, e ainda existiam diversas dúvidas sobre como conviver com o vírus. Para ajudar quem passava por essa fase de aprendizado, surgiu a revista Saber Viver, editada por Sílvia Chalub e distribuída para pacientes de todo o país. “No início, as pessoas tinham muitas dúvidas sobre alimentação e cuidados com o corpo, e a revista veio para ajudar a resolver esse problema”, conta.
Com o tempo, Silvia descobriu outro problema que os portadores do vírus da Aids enfrentavam: a solidão. “Essas pessoas têm uma expectativa de vida cada vez mais alta, e muitos reclamavam que sentiam falta de amigos ou de relacionamentos. Foi aí que resolvemos criar uma sessão dedicada a isso, para que as pessoas pudessem se conhecer e trocar experiências”, conta, enquanto comemora o 10º aniversário da publicação, que é gratuita.
Nova fase
Para Ana Paula Prado, assessora técnica do Departamento de DST-AIDS do Ministério da Saúde, a melhoria da saúde desses pacientes resultou em uma nova fase, ainda mais difícil. “Há 13 anos, o Brasil universalizou o acesso aos medicamentos para a doença. Com isso, a expectativa de vida desse grupo cresceu muito, gerando um novo desafio, o de fazer com que essas pessoas tenham qualidade de vida”, conta.
Entre os obstáculos a serem enfrentados, Ana Paula Prado aponta o preconceito como o maior e mais difícil. “É uma questão de direitos humanos. A Aids sempre foi uma doença muito estigmatizada e, embora tenha diminuído um pouco nos últimos anos, o preconceito ainda persiste, só que de maneira mais sutil”, conta. “Se antes as pessoas nem chegavam perto, hoje elas já convivem no mesmo ambiente, abraçam e até compartilham copos e talheres. Porém, o preconceito na hora de beijar, por exemplo, ainda permanece forte” completa.
Gilson* , 46 anos, faz parte da geração que presenciou as mudanças no tratamento e na qualidade de vida dos pacientes soropositivos. Diagnosticado há 14 anos, ele se lembra das dificuldades do tratamento no início, e comemora os avanços. “Quando eu comecei o tratamento, só havia o AZT, por isso eu tomava um coquetel com quase 30 comprimidos. Hoje, consigo controlar a doença só com seis”, comemora. “Não tem como negar que, nesse tempo, o tratamento para nós melhorou muito”, completa.

Por que alertar o parceiro

O controle das doenças sexualmente transmissíveis (DST) não se dá somente com o tratamento de quem busca ajuda nos serviços de saúde. Para interromper a transmissão dessas doenças e evitar a reinfecção, é fundamental que os parceiros sejam testados e tratados com orientações de um profissional de saúde.
Os parceiros devem ser alertados sempre que uma DST é diagnosticada. É importante repassar a eles informações sobre as formas de contágio, o risco de infecção, a necessidade de atendimento em uma unidade de saúde e a importância de evitar contato sexual até que o parceiro seja tratado e orientado.Não é fácil mas é a unica mais sensata  a se fazer afinal o relacionamento se faz com cumplicidade dizer a verdade é a saída,confesso que não foi tão difícil quanto pensei e hoje graças a Deus eu e meu parceiro temos muito mais a compartilhar sorte minha e dele que ele não havia se contaminado,foi muito precoce a descoberta de minha sorologia e isso foi fundamental.                                                                                                                       Mensagem                                                                                                               Não é raro, tropeço e caio. Às vezes, tombo feio de ralar o coração todinho. Claro que dói, mas tem uma coisa: a minha fé continua em pé. É isso ai pessoal a vida é sempre mais forte,camisinha sempre beijos!!!!!!! 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A Vida é Bela e Vale a Pena Vhiver


Dados da AIDS no Brasil


De acordo com os dados mais recentes da aids no Brasil, divulgado pelo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, a epidemia de Aids no Brasil diminuiu 15% nos grandes centros urbanos, mas dobrou nas cidades com menos de 50 mil habitantes no período de 1997 a 2007. Apesar da queda, as cidades grandes ainda concentram a maioria dos casos registrados, com 52%. No entanto, a grande preocupação do Ministério da Saúde é que a epidemia na década de 2000 comporta-se de forma diferente entre os jovens. Na população geral, a maior parte dos casos está entre os homens e, entre eles, a principal forma de transmissão é a heterossexual. No entanto, se considerarmos a faixa etária dos 13 aos 24 anos, a realidade é outra. Na faixa etária de 13 a 19 anos, a maior parte dos registros da doença está entre as mulheres. Entre os jovens de 20 a 24 anos, os casos se dividem de forma equilibrada entre os dois gêneros. Para os homens dos 13 aos 24 anos, a principal forma de transmissão é a homossexual.
O Boletim Epidemiológico aponta ainda que o aumento de casos de aids entre as mulheres se deu em todas as faixas etárias. Em 1986, a razão era de 15 casos de aids em homens para cada caso em mulheres, e a partir de 2002, a razão de sexo estabilizou-se em 15 casos em homens para cada 10 em mulheres. Na faixa etária de 13 a 19 anos, o número de casos de aids é maior entre as mulheres jovens. A inversão apresenta-se desde 1998, com oito casos em meninos para cada 10 casos em meninas. As pesquisas indicam que, por ano, são notificados entre 33 mil e 35 mil novos casos de aids. Estima-se ainda que, atualmente, há 630 mil pessoas infectadas pelo HIV no país... 
Mais informações no site: http://www.aids.gov.br

Vhiver na terceira idade


Atualmente observa-se uma mudança no perfil da terceira idade brasileira: eles estão envelhecendo com mais saúde, muitos continuam trabalhando e mantendo uma vida sexual ativa, inclusive participando de grupos e atividades de lazer. Também nota-se mudanças no comportamento afetivo e sexual dessa geração: eles estão estabelecendo novas relações afetivas em função de viuvez ou separação.
Esse novo perfil aproximou a terceira idade de questões de saúde das quais se consideravam distantes, como por exemplo, a AIDS. A ausência de campanhas e trabalhos voltados para a prevenção das DST/HIV/AIDS com essa população tem acentuado a dificuldade do idoso em perceber a sua vulnerabilidade em relação a essas doenças.
Atento a essa realidade, o GRUPO VHIVER através do projetoVhiver na terceira idade, promove ações que contribuem para a diminuição da epidemia da AIDS na terceira idade, através da implementação de ações de prevenção em DST/HIV/AIDS para essa população em núcleos de atendimento à terceira idade na cidade de Belo Horizonte.  Av: Bernado Monteiro,1477-B. Funcionários -Belo Horizonte-tel 031-3271-8310ou 3201-5236 www.vhiver.org.br                                                                                                           

Hospitais de Referência

Hospitais de Referência em Belo Horizonte


                                                                                                                     Unidade Dispensadoras de Medicamentos e Serviços de Assistência Especializada
 
- Centro de Referência Orestes Diniz (tratamento) Testagem é feita no Projeto Horizonte –
 
mesmo prédio
 
Alameda Ver. Álvaro Celso, 241, Santa Efigênia
 
Telefone:3409-9547
 
- Fundação Benjamim Guimarães (tratamento)
 
Hospital da Baleia
 
Rua Juramento, 1464, Saudade
 
Telefone: 3489-1509/1593
 
- Fundação Centro de Hematologia/Hemoterapia – Hemominas (testagem)
 
Alameda Ezequiel Dias, 321, Santa Efigênia
 
- Hospital Eduardo de Menezes (tratamento)
 
Rua Dr. Cristiano Rezende, 2213, Bom Sucesso
 
Telefone:3328-5011
 
- PAM Sagrada Família (testagem e tratamento)
 
Rua Joaquim Felício, 101, Sagrada Família
 
Telefone: 3277-9046/5751
 
- Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) ou Centro de Orientação e Acompanhamento
 
Sorológico (COAS– BH) (testagem e tratamento)
 
Rua Joaquim Felício, 141, Sagrada Família
 
Telefone: 3277-5742
 
Hospitais que atendem pacientes com HIV/AIDS
 
- Centro Geral de Pediatria
 
Alameda Ezequiel Dias, 345, Santa Efigênia
 
Telefones: 3239-9000/9001
 
- Hospital da Baleia
 
Fundação Benjamim Guimarães
 
Rua Juramento, 1464
 
Telefones: 3489-1593
 
- Hospital das Clínicas - UFMG
 
Avenida Prof. Alfredo Balena, 110, Santa Efigênia
 
Telefones: 3248-9300 / 3239-7118
 
- Hospital Eduardo de Menezes
 
Rua Dr. Cristiano de Rezende, 2213, Bom Sucesso
 
Telefones:3328-5011
 
- Hospital Júlia Kubitschek
 
Rua Dr. Cristiano de Rezende, 2745, Araguaia
 
Telefone: 3322-27223
 
- Hospital Municipal Odilon Behrens
 
Rua Formiga, 50, São Cristóvão
 
Telefone: 3277-6199
 
- Maternidade Odete Valadares
 
Avenida do Contorno, 9494, Prado
 
Telefone: 3337-7775
 
- Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte
 
Avenida Francisco Sales, 1111, Santa Efigênia
 
Telefone: 3238-8104
 
Hospitais e Maternidades cadastradas para realizar teste rápido (HIV) em gestante 
 
- Hospital das Clínicas - UFMG
 
Avenida Prof. Alfredo Balena, 110, Santa Efigênia
 
Telefones: 3248-9300 / 3239-7118
 
- Hospital Júlia Kubitschek
 
Rua Dr. Cristiano de Rezende, 312, Milionários
 
Telefone: 3322-2723
 
- Hospital Municipal Odilon Behrens
 
Rua Formiga, 50, São Cristóvão
 
Telefone: 3277-6199
 
- Maternidade Odete Valadares
 
Avenida do Contorno, 9494, Prado
 
Telefone: 3337-7775
 
- Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte
 
Avenida Francisco Sales, 1111, Santa Efigênia
 
Telefone: 3238-8104
 
- Maternidade Sofia Feldman
 
Rua Antônio Bandeiras, 1060, Tupi
 
Telefone: 3433-1303                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                               ‎'A Vida é Bela e Vale a Pena Viver' 
Gil
Setembro 2000 a Fevereiro de 2001

Era 7 de setembro de 1995, dia da Independência do Brasil, data essa que quase ninguém se lembra de algum motivo para comemorar. Para mim jamais será esquecida, pois naquele dia descobri que o meu companheiro, com quem eu tinha vivido quatro anos e meio, e mesmo depois do fim do relacionamento continuávamos morando juntos, estava doente e já em estado avançado. Ele veio a falecer 38 dias depois. Foram dias de pânico, desespero...,até que ele se foi, eu não havia parado para pensar em mim. Na semana seguinte, mesmo com muito medo fui fazer o teste, e logo veio o resultado "positivo". Lembro-me que quando sai do hospital tudo era cinza, o chão desaparecia em baixo dos meus pés, o meu mundo caia e junto com ele todos os meus sonhos. Pensei que em breve morreria também. Com a ajuda de um amigo fui levado a um grupo de ajuda mútua e aos poucos fui aprendendo tudo a doença que até então eu era completamente leigo. A partir dali tudo era novo para mim. Médico, exames, enfim, com a ajuda dos amigos e o apoio que encontrei dentro do grupo, fui aprendendo a lidar com a situação.
Dois anos depois, quando minha vida começava a se encaminhar, sofri outro grande impacto com o meu afastamento do trabalho por terem descoberto a minha sorologia. Senti na pele a dor do preconceito e confesso que foi pior do que receber meu diagnóstico. Até hoje não consegui retornar ao trabalho, mesmo apresentando vários atestados que conferem a minha aptidão.

Tenho dedicado o meu tempo quase que integralmente ao grupo que me acolheu e hoje posso ser útil ajudando a outras pessoas.

A aderência aos medicamentos tem sido fundamental para manter-me saudável e com disposição para não desistir.

Hoje, sinto que viver com HIV não é nada agradável, preferia não ter, mas já que tenho, procuro viver bem com ele e continuo achando que 'a vida é bela e vale a pena viver'.